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Autores e Obras Grotescas

Figura retórica elevada ao lugar-comum discursivo. Termo que designa o ridículo de um texto que falha numa pretendida expressão apaixonada, elevada ou sublime. Passagem do sério ao ridículo! Este é um recurso de uso frequente em Machado! Machado, além de praticar esteticamente o grotesco crítico-irônico, sabia também usar criticamente a própria palavra. Além da cortante ironia machadista, temos vários outros exemplos. Em Dalton Trevisan (escritor famoso pelos seus contos), o grotesco revela-se na captação dos fatos miúdos, sórdidos ou publicamente inconfessáveis da existência humana, como se alguém olhasse pelas frestas da parede do quarto ou das janelas da casa. Nas obras do nosso querido Jorge Amado, destacam-se personagens tragicômicos como em Quincas Berro D´Água, Dona Flor, Gabriela e Seus Dois Maridos. Em Nelson Rodrigues, aparece no teatro, nas crônicas jornalísticas, nas narrativas romanescas, nos contos, sempre onde os personagens violem as regras de uma moralidade por sua vez distorcida e perversa.Em Lobato, a categoria estética revela-se nos tipos apenas semi-humanos ou teratológicos. Em Rubem Fonseca, podemos citar os seus contos curtos, descritos como secos e nojentos, como manifestação do grotesco escatológico literalmente encenado. As histórias de Fonseca constituem aqui um pequeno catálogo de bizarrices e práticas suscetíveis de provocar repugnância.

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